AVEIRO
Olho-te e fico no encanto
coração descompassado
envolvida pelo quebranto
do teu encanto nublado...
e se te vejo, sedenta
nessa paisagem de mágoa
a paisagem se apresenta
de sede morta, ao pé d'água;
e nas esteiras de luz
que o moliceiro, na ria
em sulcos deixa, ao passar
eu vejo, a pontinhos luz
as cruzes do dia a dia
cada alva a inaugurar!...
Maria Mamede
3 Comments:
Aveiro fica (assim) mais formosa, na quebra doce de um soneto...
Abraço!
Obrigado pelo bonito e sentido retrato de Aveiro, embora hoje o moliceiro ex-libris de Aveiro e da ria, esteja practicamente extinto, e as salinas estejam a definhar
Passo pelo teu canto para degustar as (tuas) palavras.
Gostei.
bj
Gui
coisasdagaveta.blogs.sapo.pt
Post a Comment
<< Home